Wednesday, April 25, 2012

o desenrolar da história de 4 anos na universidade, muito sinteticamente

Quando me candidatei para a universidade estava com sérias dúvidas entre escolher Coimbra ou Bragança. Não pensem que é uma escolha estupida, porque realmente teria sido, não fosse o meu tio a dizer "Bragança ?!?!?!?! Porquê Bragança?!?!?! vai para Coimbra que lá é que é o sitio dos estudantes".

E assim foi, aos 18 anos entrei na universidade (Politécnico), em Coimbra. 

Lembro-me do primeiro dia que lá cheguei e do seu desenrolar, como se tivesse sido ontem. Os meus pais levaram-me, arrendaram-me um quarto e deixaram-me lá ficar para que segunda, no dia seguinte, fosse fazer a matricula e começa-se a frequentar as aulas, havia entrado na segunda fase e portanto as aulas já haviam começado à um mês. Lembro-me perfeitamente que foi um tédio essa primeira noite, não por estar triste ou nostálgica, apenas porque era a única vivente naquela casa. Não tinha televisão, computador ou rádio, tinha apenas um telemóvel que daria para jogar "snake" ou enviar mensagens, que talvez naquela altura ainda não fossem a custo zero.  No dia seguinte já a casa estava preenchida e acabei a viver com a Catarina que na altura estava no terceiro ano de licenciatura, com a Luísa e a Cristina que, também como eu, eram caloiras.

O meu primeiro ano de universidade foi o ano da loucura, das noites, dos amigos, dos muito amigos, dos conhecidos, dos namorisco, dos gostos e desgostos, das ilusões e desilusões. Era tão doce, e tão ingénua. 
Por a altura de Março mudei de casa, fui viver com a minha colega de curso, a Cátia. Ela era bastante mais sossegada do que eu, e namorava com um rapaz da terra à 3 ou 4 anos, já não me recordo exactamente, mas que vieram a acabar nos finais deste ano (2007). 
Por baixo de onde nós vivíamos, viviam os chamados "vizinhos", também estudantes e também caseiros da dona Céu. 
Dava-mo-nos lindamente e estávamos constantemente na casa deles ou então, eles na nossa. Sempre com jogos e brincadeira, ora de cartas, ora de aguá, ora de assaltar a casa e destruí-la :) . Foram momentos muito especiais e inesquecíveis com o Jorge, o Pedro e o Valério. Consigo ter memorias mais vivas deste tempo do que de tempos mais recentes como os anos seguintes.

No segundo ano, já vinha treinada do primeiro em relação às ilusões e desilusões e tentei ser menos ingénua. Eu e a tal Cátia Fonseca entramos nas residências e ficamos colegas de quarto. Este ano as noites eram feitas a 4, eu a Cátia o Nuno do vale e o Pedro de chaves. O Nuno era fixe e apesar de beber sabia comportar-se, o Pedro era o pior dos nossos pesadelos, parecia o pega monstros. "Catita tenho sede", ficará para a história. Neste ano, "andei" com o Nuno, pelo menos o primeiro semestre.

No terceiro ano de universidade eu e a Cátia tomamos rumo ás nossas vidas e começamos a namorar. A Cátia não ficou colocada nas residências e então, eu tive de escolher nova "roommate" que foi a Dorizete. Faziamos vários jantares em casa do meu actual namorado daquela altura. No segundo semestre eu e a Cátia fizemos intercâmbio académico na Roménia. Aqui começaram os meus problemas com o namorado que acabamos por terminar relação. Foi na Roménia que iniciei as minhas tours. Visitei a República checa, onde estava em Erasmus o ex-actual namorado da Cátia, e onde conheci o colega de quarto dele, o Paulo, outra personagem mítica. Depois de Praga e Brno, visitei Budapeste, Bucareste e Roma. 
O meu Erasmus apesar de não ter corrido 100% como gostaria que corre-se, foi algo que me mecheu na personalidade e desempenho pessoal, descobri o quanto adoro viajar e o quanto adoro conhecer e falar com pessoas diferentes. 

No meu quarto entrei para a TVaac, a Cátia que ainda namorava, ou fazia de conta, acabou por se afastar um pouco de mim. Este ano saia para as noite com o pessoal da TV, participei nas queimas e latadas ajudando com peças na TV. O mítico Paulo e companhia foram também espécies memoráveis deste ano. Considero que foi o meu segundo melhor ano de faculdade. Tudo era bonito neste ano...ok ok, esqueci-me de mencionar que neste ano, voltei a andar com o Nuno (mencionado no meu segundo ano de universidade), e tudo era bonito até acabarmos. Quando ele acabou comigo, em Janeiro eu tornei-me "louca", não que não o fosse antes. Depois disso andei com um senhor presidente de um dos politécnicos e com um senhor que fazia parte da Direcção geral da aac, andava doida e não conseguia sequer pensar em consequências de nada. Fora esta parte que foi muito complicada para mim, tudo correu lindamente a meu favor neste ano, as noites eram sempre fantásticas no Bigorna e NL. No segundo semestre acabei por deixar de sair com o Paulo & companhia e saia frequentemente com a Sara e o Wilson, aquele gajo que eu adoro :). Era frequente fazer rali tascas, começávamos na rua "padre António Vieira" e seguíamos para todos os bares que aparecessem ... 

Acabei por deixar duas disciplinas para Setembro, o que me obrigou a ter de ir para Coimbra nesse mês, que chatice (estamos em 2010). Eu Havia trabalhado na clínica do IPC no ano lectivo anterior, e neste ano havia pedido para me deixarem continuar a trabalhar lá, mas havia um senão, é que aquele trabalho apenas era direccionado a alunos pois era um meio de os ajudar monetariamente, no entanto, pedi para lá trabalhar mas não avisei que havia terminado o curso.
Em Outobro a assistente social, que gere os alunos do ISCAC, ligou-me porque precisava de falar urgentemente comigo, e claro, eu já sabia do que era. Chamou-me ao gabinete dela e disse-me que tinha muita pena mas eu já havia terminado o curso e por isso nem podia trabalhar na clínica nem podia estar a viver nas residências, aconselhou-me a inscrever num mestrado e se assim fosse já poderia estar. Mas não, os meus planos eram outros, que não passariam por estudar, neste mês havia-me inscrito no programa Leonardo da Vinci, e claro, mesmo sem saber dos resultados, se iria ou não, não queria correr o risco de me inscrever numa universidade (porque um dos pressupostos de aceitação deste programa é a pessoa não estar vinculada a qualquer entidade escolar). Estava já eu de rabinho entre as pernas quando o administrados dos SAS IPC, o nosso Dr. Jorge Oliveira que tanto honro, me chamou e disse, "A Olga não vai a lado nenhum, tem a minha permissão para ficar este ano lectivo a trabalhar na clínica e a viver nas residências, porque nós precisamos da sua ajuda na clínica". E assim foi, fiz acordo verbal com o Dr., dizendo que a qualquer altura poderia ter de sair. 
Em inícios de Janeiro de 2011, depois de já ter passado na entrevista "Leonardo da Vinci" avisei todos de que em breve apanharia o avião. Foi a 9 de Março de 2011,  e la fui eu rumo Eslovénia, Pais escolhido por mim. 


E SE EU TIVESSE IDO ESTUDAR PARA BRAGANÇA???? O que seria eu agora???? E, quem eram os meus amigos???? E....?? E.....? E.....? E........?

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