Thursday, December 19, 2013

Crianças

Pois bem, pois bem, cá vou eu narrar mais algumas histórias das minhas criancinhas.

Explicando - Tirei satisfaz no teste de ciências da natureza, mas tive algumas respostas mal.
Eu -  Se não tivesses algumas respostas mal tiravas excelente. 
Peguei no teste e dei uma vista de olhos. Uma das respostas chamou-me a atenção por causa dos pontos de interrogação que a professora tinha colocado. A pergunta era mais ou menos a seguinte: " Porque é que devemos respirar pelas fossas nasais e não pelo nariz?", na qual ele respondeu, "Devemos respirar pelas fossas nasais porque pela boca podemos comer mosquitos". 

Explicando - Só vou tirar 4 a matemática.
eu - Porquê?
explicando - porque eu pedi um 5 e o professor disse que me dava.
eu - a culpa é tua.
explicando - não é nada, eu até fui falar com ele no final da aula e tudo! 
eu - Vou te explicar. Devias dito o seguinte: "o professor tem amor ao seu carro?!". Ias ver que tinhas 5 de certeza. 
Nunca a vi a olhar tão seria para mim. Lá tive de dizer que estava a brincar. 

Sunday, October 27, 2013

MARROCOS - A Viagem ao Deserto do Saara

Pela segunda vez numa aventura por Marrocos.
Pois é, voei mais uma vez para Marrocos e novamente devo dizer que este pais é um tudo e um nada e eu simplesmente adoro-o. Aqui, existe qualquer coisa de diferente que não é fácil explicar. 
A cultura marroquina nada tem a ver com a Europa, por exemplo a religião aqui é maioritariamente muçulmana. 


Em portugal, é frequente haver feiras marroquinas, e sempre que os visitamos é também comum "batalhar" o preço com eles. Em Marrrocos é mesmo assim, faz parte da cultura destes, os comerciantes marroquinos estão constantemente a "empurrar-nos" (a nós turistas) para dentro das suas lojas e, como já referi, tudo nas lojas é negociável,  desde uma simples garrafa de água a um conjunto de chá ou uma peça de vestuário. Faz tão parte da cultura deles marralhar o preço como na nossa sair de casa para beber um café. No inicio torna-se incomodo de cada vez que queremos algo ter-mos de o batalhar, mas tudo se torna uma questão de habito. 
Ex.
O Carlos comprou uma camisola que inicialmente o comerciante lhe pedia 200dih (aproximadamente 20euros), e o Carlos ofereceu-lhe 60dih (6 euros). No final, acabou a comprar a camisola por 65dih (6,5euros, aproximadamente).
Ou um conjunto de chá que nos foi pedido, 500dih e no fnal já nos deixava trazer por 100dih. 


A razão de voltar pela segunda vez a Marrocos prendeu-se com o facto de da ultima vez não ter tido tempo de fazer a tão desejada viagem ao deserto. Desta vez foi a primeira coisa a tratar. Reservamos a primeira noite num hostel em Marraqueche, e logo no primeiro dia tratamos de comprar a "tal" viagem de três dias ao deserto. Partimos no dia seguinte às 7h da manha. 
Connosco viajavam mais 10 pessoas, 1 Espanhola, 2 Franceses, 2 Holandeses, 3 Coreanos, 1 Australiano e uma Singapurense. 













Na viagem a caminho do deserto podemos contemplar paisagens fantásticas, daquelas que vemos muitas vezes  "na Internet" ou até em filmes, aquelas que achamos surreais. Dentro de mim havia uma explosão de sentimentos porque aquilo era bom demais, cheguei mesmo a pensar - "Eu devo estar a sonhar!". Sempre imaginei que a viagem ao deserto fosse uma coisa espetacular, mas isto ultrapassou sem dúvida esse "espetacular". 






Na primeira noite ficamos num hotel no meio do nada, ou seja no meio de altas montanhas, montanhas desertas de árvores ou qualquer outro arbusto verdes, eram simplesmente montanhas castanhas. No dia seguinte levanta-mo-nos às 6h30 e continuamos o caminho para o deserto. 
Visitamos, também pelo caminho, a cidade onde foram realizados vários filmes, como o "Gladiador" ou o "Indiana Jones", entre outros. 





Devo referir que o nosso motorista era "grande cromo"?! Sim, ele era mesmo muito porreiro, o olhar dele era tão singelo que se tornava notório que era mesmo boa pessoa. De cada vez que parávamos, o senhor motorista olhava para trás, mirava-nos e depois iniciava sempre a conversa com - "good Morning", fosse lá a hora que fosse (na boca dele suava  'Gude môning"). 



No segundo dia chegamos ao deserto. Entramos dentro de uma vila muito pequena com estradas muito estreitas e paramos por ai, entre essas ruas, para irmos para uma dessas casas. Sabia que estávamos perto do deserto mas não conseguia ver nada para lá das casas uma vez que estávamos no meio delas. Entramos na pequena casa e eu segui até ao final do pequeno corredor onde contemplava uma porta .
Chegada à porta fui apanhada de surpresa, UAH, tudo ali atrás era deserto, aquela era como se fosse "a porta para o deserto", aquilo era realmente sumptuoso. Pensei - "Não estarei a sonhar!". Foi a visão mais bonita que algum vez tive. Mais uma vez tive uma explosão de sentimentos, apetecia-me gritar - "estou no deserto Saara!", -  apetecia-me chorar de alegria, apetecia-me pular, dançar, sei lá, contudo, fiquei petrificada e limitei a mirar. Tudo era tão perfeito.
Mais tarde  apareceram os 12 camelos, e caminhamos em cima deles durante cerca de uma hora para as tendas, onde iríamos passar a noite. Presumo que estivéssemos a uns 3-4 kms do local que partimos. Fomos para o "meio" do deserto. À noite começou a chuviscar.  

O jantar foram 3 enormes travessas de batatas  e cenouras ensopadas com frango. Cada um de nós tinha um garfo e, sentados no chão todos comíamos do mesmo "prato". O que para muito pode parecer nojento para mim foi uma experiência hippy espectacular. Depois do jantar subimos uma enorme duna de areia para conseguirmos contemplar uma cidade lá de cima. Aquilo era paranormal, era totalmente escuro à nossa volta, não havia ponta de luz, sabíamos puramente que estávamos a subir uma duna de areia, mais nada. À nossa volta só existíamos "nós", não havia ponta de barulho. 

À noite, quando nos íamos deitar alguém perguntou - "A que horas nos devemos levantar amanhã?" - na qual o responsável pelas tendas respondeu - "Amanhã é outro dia." ... 
Levanta-mo-nos no dia seguinte às 5h30 da manha, ao som do bater das palmas do senhor que andava de tenta em tenda. Voltamos de Camelo enquanto o sol se levantava no horizonte. Mais uma vez.... impossível descrever.... 

Após os 3 dias da viagem ao deserto ficamos hospedados, mais 3 dias, num hotel em Marraqueche. O Hotel era fantástico e as pessoas que lá trabalhavam eram bastante hospitaleiros. Pouco tempo após chegarmos ao quarto, no primeiro dia, uma das senhoras bate-nos à porta e serve-nos um delicioso chá (chá preto + chá de menta). Os pequenos almoços também eram fantásticos.

Aspetos negativos de Marraqueche: Existem 3: Os amontoados de lixo que consequentemente emanam odores, a poluição é imensa, e o clima - God, é muito calor, mesmo já sendo finais de Setembro. 

A Praça principal  de Marraqueche é todas as noites invadida por cerca de +/- 10.000 pessoas, entre muitos Turistas mas também animadores de cobras, macacos, há ainda tendas de produtos tradicionais, vendedores, e até comidas são servidas em mesas compridas naquela praça. Há um enorme movimento na praça. È idêntico às nossas festas tradicionais, mas aqui a festa é todos os dias.

Bem, o ultimo dia não me correu muito bem. Ao pequeno almoço, entre outras coisa comi 3 crepes deliciosos que não me fizeram nada bem. Não consegui almoçar de tão enjoada que me sentia. o nosso voo foi por volta das 15h. Enquanto esperávamos na fila para o passaporte controle eu comecei a sentir-me cada vez pior. Já não me aguentava de pé e sentia que devia estar com uma cor moribunda. Quando chegou a minha vez de entregar o passaporte e me tive de levantar, bem.. foi a gota de água. Assim que entreguei o passaporte ao revisor desfiz-me em vómitos - QUE VERGONHA - até o meu bilhete de avião padeceu. 
Só consegui voltar a comer eram já umas 22h quando nos instalamos no hostel em Valência, mas assim que meti a primeira colher de sopa à boca senti necessidade de correr para a casa de banho e vomitar novamente. Em suma, nunca mais como 3 crepes ao pequeno almoço. (Fizemos escala em Valência).  

Quando o voo de Valência aterrou no Porto, como sempre deixei-me ficar sentada à espera que os mais impacientes saíssem.  Entretanto, quando já era possível levantar-mo-nos e tirar a mala, assim o fizemos e caminhamos para a saida do avião. À minha frente ia uma senhora que entretanto olha para trás à procura da filha:
"Olga?"
"Fernanda?"
Lol, ali mesmo à minha frente ía a Fernanda, uma colega do meu ex. local de trabalho. 




Tuesday, September 10, 2013

Barcelona

No passado Julho (2013) foi a vez de conhecer Barcelona, a cidade, que dizem os sabidos, todos devem pisar pelo menos uma vez na vida. 
Barcelona, é sem dúvida uma cidade bonita, mas nada de tão fascinante como toda a gente a descreve, pois, bem na Europa, existem cidades mais bonitas que esta como Praga ou Vienna. 
Também não quer dizer que lá não volte, afinal de contas, ir a Barcelona de avião fica tão caro como ir de comboio a Lisboa. 

Cada um de nós comprou os seus bilhetes, mesmo eu dizendo "vamos dia 23 e voltamos 29", as coisas não correram muito bem. O Carlos, distraidamente, comprou o bilhete para Barcelona dia 22 (espetacular) o que, consequentemente, fez com que eu fosse sozinha na viagem, um dia depois dele ter ido. O voo era, se não estou em erro, às 19h30 a sair do Porto, no entanto, eu cheguei muito mais cedo ao aeroporto. 
Como não estava a fazer nada, decidi  fazer o check in, e  logo me desloquei até à porta de embarque, onde iria esperar a hora do avião. Sentei-me e, tipicamente, meti a mão à bolsa para tirar o telemóvel. Não  o estava a encontrar, foi então que olhei para dentro da bolsa, mas nada. Tirei "coisa" a "coisa" da mala mas nada. O telemóvel não estava ali. Pânico. 

Levantei-me do banco e dirigi-me, novamente ao sitio onde havia feito o check in. "Precisava de sair, acho que perdi o telemóvel!". Bem, foi logo um filme terem de me deixar sair. Fui dar uma volta pelos locais onde havia estado, "talvez me tivesse escorregado da mala!". Em vão. Um funcionário aconselhou-me a procurar a policia do aeroporto e apresentar o caso. Assim o fiz, mas também eles não tinham encontrado nada. 
Foi uma situação, no mínimo, bizarra. Como é que o meu telemóvel desapareceu da minha mala minúscula sem eu dar por nada?!?!?!?!?!  

Voltei a passar o check in e voltei para a minha porta de embarque. "E Agora?!". Lembrei-me, como por magia, que havia carregado o telemóvel ao Carlos nesse dia, e tive esperança que uma caixa multibanco emitisse extratos bancários detalhados. E assim foi. UFA! Imprimi o recibo do multibanco e ali estava o número do Carlos. Tentei ligar-lhe de um posto telefónico mas, naquele dia nada estava a meu favor, não funcionava. Acabei por chatear um senhor que esperava o mesmo voo. Deixou-me ligar e foi assim que combinei as coisas com ele.


Em Barcelona facilmente encontrei o Carlos. Não havia nada que enganar, Plaza Catalunya, em frente ao El Corte Inglês, ali estava ele. 



Fomos durante 7 dias e 6 noites (ele até foi mais um dia). Ficamos hospedados as 3 primeiras noites no hostel Sant Jordi Sagrada Familia, ficava localizado a uns 200 mtrs (talvez mais) da Sagrada Familia. Um hostel muito porreiro para conviver. Todos os dias havia festas na cozinha/sala. As portas, assim como os cacifos eram abertos através de um cartão. Gostei muito.

melondistrict - O nosso hostel 





piscina do hostel
Os outros 3 dias, mudamos para outro hostel, com outro tipo de condições, também este muito bom. Muito Sossegado  com piscina no ultimo andar. Muito seguro também.  




a vista do hostel




Os restantes edifícios pertencentes ao hostel. Todos os Edificios tinham Piscina no ultimo em cima. 

Algumas fotos de Barcelona: 




Sagrada Familia












Caminhamos por todos os pontos principais da cidade, sendo que só usávamos o metro à noite para regressar ao hostel. Um cartão de metro custava 10€ e trazia 10 viagens, não era caro. Também, como no Porto, este cartão de metro poderia ser usado em autocarros.


No ultimo dia, de regresso ao aeroporto, aconteceu-nos mais uma situação. (.... to be continued)


Monday, May 27, 2013

bora para a queima 2013

Eu queria tanto ir à queima, voltar a sentir aquele espírito académico, precisava de sentir que ainda sentia. 

A excitação crescia a cada dia que passava e se aproximava, e eu na minha indecisão.. ir ou não ir.
A disponibilidade não era total, só dispunha do fim de semana, mas era melhor que nada. Foi então, na quarta feira, que depois de derramada uma lágrima ao som das tunas, decidi - "eu vou.." 
No dia seguinte, comecei a planear a minha viagem para Coimbra, e parecia que os Deuses não estavam a meu favor. Depois das 7h, (hora em que saio do trabalhinho), não havia, nem bus nem train para coimbra (a não ser, chegar la as 3h30 da manha, hmm não). OH Fuck. Já estava a desesperar, mas não a desanimar "alguma coisa se há-de arranjar". Foi então que um milagre aconteceu, uma amiga de "queima" (sim porque eu só a conheci na queima, mas somos grande amigas), liga-me e tenta saber se eu este ano iria para a queima. "Eu vou, ainda não sei muito bem como, mas eu vou!". 
Foi então, que uma boleia inesperada apareceu, foi um anjinho caído do céu. 
Eram 7h em ponto e eu larguei o trabalho, a sorrir de orelha a orelha "vou para Coimbra"  - pensei.

Apanhei comboio as 7h30 até ao Porto, local onde me esperava a boleia. Cheguei a Coimbra uma hora depois, a sorrir... ESTOU EM COIMBRA, CARALHO - foi o que me apeteceu gritar assim que pousei o pés no chão, mas o meu estado sóbrio não me permitiu fazê-lo. 

Que comece a queima......

Tudo tem uma razão!

O GRALHAEPALHA tem andado ausente das publicações agrestes e funestas, mas não se deve a uma opção, deve-se à falta da transparecia das palavras. 
Não basta querer postar, é preciso saber o quê, é preciso precisar e ser coerente.  E como o ser quando as ideias não o são.



Vazio.... é tudo que preenche a minha alma e o meu olhar neto. São as lágrimas de uma solidão que querem correr e percorrer aquela expressão indiferente aos acontecimentos, enquanto as pernas se recusam a andar. 


É a vida lá fora, que provoca. São os outros e não eu. É o mundo. Estou presa na mais pura solidão da monotonia, mas tudo tem uma razão.


Fico enjoada de olhar e não ver a verdade, de ouvir a omissão, de cheirar o ódio e a inveja.

Porquê mundo???

Thursday, February 7, 2013

Os meus pequenos!

Cenas das Explicações com os meus meninos.


Estamos naqueles momentos de eu ditar exercícios. A minha originalidade não se alastra para além do limite, ficando-se por aquilo que é realmente importante, que é o conteúdo do exercício e o objectivo deste, e não a de uma construção muito elaborada.  
Cá estou eu a ditar "o Manuel tem 35 vacas..."
uma das meninas - "Outra vez Manuel?!"
a outra - Outras vez vacas!?
(pronto, pronto, eu altero...)


Estava a ter uma conversa elaborada com um dos meninos, desta vez a explicação era individual. E, sem fazer qualquer sentido para a conversa, diz o aluno "deve achar que toda a gente tem um rabo como o seu" (rabo no sentido de puxo, ou seja, cabelo preso, do conhecido, rabo de cavalo), "Deixa o meu rabo e faz o exercicio" (UPS!)
ainda com o mesmo aluno. Está ele a tentar ler inglês:
"...back you" (quando na realidade dizia "back home")


Uma menina, também esta individual.
"oh professora, está tão bonita hoje!!"
"Obrigada" e sorri-lhe, muito inocentemente.
"Eu só lhe disse isto à espera que se esquece-se que eu tinha de fazer este exercício!" 
LOL

Agora com os meus papas:
mama - "deixa me ir ver quando é a lua cheia" ... "a lua cheia é dia 11 de Janeiro"
Olga e Pai em sintonia - "Fevereiro"
mama - "Janeiro"
Pai - "só se for para o ano!"
mama - "já passamos o 11 de Janeiro?!"
DAH

papa - Olga a mama fez a minha bola desaparece e agora não tenho internet!! 
(isto dito assim até parece confuso, mas eu percebo a linguagem técnica do meu pai, mas dei uma tão grande gargalhada)
A minha mãe sem querer, deveria ter "unpin" o Modzilla da barra do "taskbar", (o modzilla é a bolinha do meu  pai e o Explorer é a bolinha da minha mãe, ehehehe, só assim conseguem aceder à internet sem grande trabalhos de ter de inserir emails e passwords, cada um com a sua "internet", como eles dizem "a minha internet")