Friday, November 19, 2010

o isqueiro vermelho

Uma noite mágica no NL, com os meus poderes de navegante da lua, conheci um rapaz. O processo foi o mesmo do costume, conheci e desconheci na mesma noite.
"Amigos da noite não valem a pena"
Tudo começou quando o sujeito me dá um isqueiro, pede para eu guardar e acrescenta "assim tenho um pretexto para falar contigo". E assim foi, cada vez que precisava acender o cigarro, o jovem pedi-me o isqueiro.
O individuo pediu-me o numero e eu, bêbada como uma cacho de uva americano, mas consciente do pedido, comecei uma longa conversa conversa com o objectivo de desviar o assunto
(no dia seguinte o isqueiro residia no meu bolso).
Uma semana e um dia depois (numa quarta-feira, eu adoro as quartas), recebi uma mensagem, enorme, no meu telemóvel. Era este jovem a mostrar-me que conseguiu o meu numero porque um amigo do amigo que é amigo do outro amigo do amigo amigo conhecia-me (ou pelo menos assim o diz) e deu-lhe o meu numero. "coincidência" diz ele. E tudo para me mostrar que consegui-a aquilo que queria.
Já me perguntei muitas vezes quem é o amigo do amigo que é amigo do outro amigo do amigo amigo, já lhe perguntei mas ele também não sabe ou não quer dizer.. oh!!!
Apelo, se és o amigo do amigo que é amigo do outro amigo do amigo amigo, denuncia-te que eu sei que lés isto!!

Descobri isto algueres pelo facebook, pelo menos fiquei com uma ideia de onde ele arranjou o meu numero!! Isso foi publicado num grupo do facebook com varias pessoas em comum comigo, logo alguma delas haveria de ter dado o meu numero, né?!

Monday, November 8, 2010

Amores da minha vida

Entrei com um certo receio.
Contudo, admito que nunca pensei na hipotse de "e se ele não gostar de mim?!".
Não a ponderei pelo simples facto de ter auto-confiança e aquele poder natural de "iludir" as pessoas com a minha bondade e naturalidade.
Olhei para a primeira sala. estava vazia, daí, só saia o barulho da televisão que alguém se esqueceu de a desligar.
Segui para as restantes divisões. Encontrei inicialmente o Nuno.
O Nuno estava no canto da sala a mexer no computador. Aproximei-me dele, sempre com confiança em mim.
- "Olá Nuno! eu chamo-me Olga"
ele olhou para mim e apresentou-se, se bem que eu já sabia o nome dele por vias da senhora de baixo,a mesma que tem carência de fala.
- "o que é que estas a ver no YouTube?"
- "não conheces? é a (agora não me lembro do nome) é um jogo de computador, mas eu vejo os vídeos no YouTube primeiro para aprender"
estivemos um pouco de tempo virados para o computador e mais tarde saímos de casa.

Seguimos até ao parque. Mal falávamos e quando falávamos era eu que tomava a iniciativa, mas logo a conversa morria, mas compreendo, tinha-mo-nos acabado de conhecer e o a-vontade ainda não dominava.
Eu tentava estar ao lado dele no parque mas sentia-me como que "a mais".
Parecia que aquele rapaz não queria falar, não queria companhia, parecia que ele só queria pensar.
Decidi afastar-me um pouco para mira-lo de longe.
Assim que me levantei, para me afastar, ouço-o:
"Olga anda comigo para ali"
Então um sorriso externo iluminou-se em mim.
Fui atrás dele, claro. Subimos aquelas montanhas de terra, eu procurava um trevo para lhe dar enquanto ele me avisava dos perigos que havias por ali (ferros escondidos no meio das ervas).
Encontramos uma rã e por ali ficamos a brincar com ela por uns 10 minutos. Então a confiança entre nós nasceu.
"estou a ficar cansado, vamos para dentro"
"Claro Nuno, vamos"

Senta-mo-nos no chão da sala, porque eu assim decidi, a fazer pulseiras de missanga.
Mais tarde, entrou na sala o David que contra a vontade sentou-se ao meu lado.
Como instintivo, abracei-o, beijei-o na testa e dei-lhe um sorriso. Ele não se manifestou. falava com ele e não me respondi-a.
Não estava a perceber qual era o problema do David.
O David fez uma pulseira de missangas que colocou no pulso, ao contrario do Nuno, que fez uma pulseira mas logo a alagou colocando as missangas no respectivo lugar.
O Nuno dirigiu-se outra vez para o computador e convidou-me novamente a estar com ele.
Convidei o David e ali ficamos os 3 a brincar com a caixota (computador) durante uma hora, mais ou menos.
A certa altura o David coloca-me a pulseira no pulso, olha para mim e ri-se.
Eu estava a começar a ficar derretida.
Quando se chegou a hora de me vir embora parecia que o meu rabo havia colado na cadeira.
"sim, já vou"
(...)

"sim, eu sei as horas, eu já vou"
Tive de devolver a pulseira ao David, pois aquela pulseira teria outro fim. Disse-lhe xau. Ele abraçou-se a mim com uma paixão.
Eu só queria poder ficar ali por mais um tempinho, mas não podia.
Dei muitos beijinhos no David e despedi-me também do Nuno, aquele que também já havia conquistado.
Eu sou, realmente, fácil.
E saí com um ultimo olhar antes de passar a porta do quarto.
A minha alegria estava naquele momento a esmagar o meu coração. "eu só queria ficar aqui mais tempo"
Senti-me verdadeiramente triste, "daqui a 15 dias estou cá outra vez, prometo!"