Monday, May 27, 2013

bora para a queima 2013

Eu queria tanto ir à queima, voltar a sentir aquele espírito académico, precisava de sentir que ainda sentia. 

A excitação crescia a cada dia que passava e se aproximava, e eu na minha indecisão.. ir ou não ir.
A disponibilidade não era total, só dispunha do fim de semana, mas era melhor que nada. Foi então, na quarta feira, que depois de derramada uma lágrima ao som das tunas, decidi - "eu vou.." 
No dia seguinte, comecei a planear a minha viagem para Coimbra, e parecia que os Deuses não estavam a meu favor. Depois das 7h, (hora em que saio do trabalhinho), não havia, nem bus nem train para coimbra (a não ser, chegar la as 3h30 da manha, hmm não). OH Fuck. Já estava a desesperar, mas não a desanimar "alguma coisa se há-de arranjar". Foi então que um milagre aconteceu, uma amiga de "queima" (sim porque eu só a conheci na queima, mas somos grande amigas), liga-me e tenta saber se eu este ano iria para a queima. "Eu vou, ainda não sei muito bem como, mas eu vou!". 
Foi então, que uma boleia inesperada apareceu, foi um anjinho caído do céu. 
Eram 7h em ponto e eu larguei o trabalho, a sorrir de orelha a orelha "vou para Coimbra"  - pensei.

Apanhei comboio as 7h30 até ao Porto, local onde me esperava a boleia. Cheguei a Coimbra uma hora depois, a sorrir... ESTOU EM COIMBRA, CARALHO - foi o que me apeteceu gritar assim que pousei o pés no chão, mas o meu estado sóbrio não me permitiu fazê-lo. 

Que comece a queima......

Tudo tem uma razão!

O GRALHAEPALHA tem andado ausente das publicações agrestes e funestas, mas não se deve a uma opção, deve-se à falta da transparecia das palavras. 
Não basta querer postar, é preciso saber o quê, é preciso precisar e ser coerente.  E como o ser quando as ideias não o são.



Vazio.... é tudo que preenche a minha alma e o meu olhar neto. São as lágrimas de uma solidão que querem correr e percorrer aquela expressão indiferente aos acontecimentos, enquanto as pernas se recusam a andar. 


É a vida lá fora, que provoca. São os outros e não eu. É o mundo. Estou presa na mais pura solidão da monotonia, mas tudo tem uma razão.


Fico enjoada de olhar e não ver a verdade, de ouvir a omissão, de cheirar o ódio e a inveja.

Porquê mundo???