Friday, January 21, 2011

Homens de lata

Um dia, mais precisamente uma sexta feira, estava na paragem à espera do autocarro para me ir embora de fim de semana. Sentadinha. Sossegadinha. A certa altura passa um carro, não faço ideia, que marca era mas não era nenhum BMW. Passou para direita. voltou a passar para a esquerda. Por acaso, e só por acaso eu reparei que era a segunda vez que ali passava porque o carro deslizava muito devagarinho, mas ignorei. A certa altura passa uma terceira vez, vinha com o vidro do lado esquerdo aberto e atira-me um papel, mas sempre sem parar. Ignorei. Quando me certifiquei que já não havia sinal do carro na longa estrada fui apanhar o papel só por curiosidade. "Linda dá-me um toke 96...." além de azeiteiro (LINDA) é 96, por amor de DEUS.

Numa noite, ainda a começar-la, fui ao feito conceito ter com o will que havia passado por Coimbra para mais uma noite. Fiquei lá por um curto tempo, depois vim-me embora de lá com destino ao moelas, onde já se encontrava a Sara. Quando ía a sair do "feito" um rapaz, que estava sentado numa mesa disse-me olá. estaquei a olha-lo "olá. mas eu conheço-te?" (é uma pergunta horrível, mas eu realmente raramente me lembro da cara das pessoas). "Não, mas decidi meter-me contigo". "Ah bom", pensei eu, e respondi-lhe um insosso "ok". Desci as escadas a aturar a Telma, sim porque a Telma é bastante chata. "fogo Olga, tu meteste com  toda a gente bla bla bla, ble ble ble, bli bli bli,..." , tentei-lhe explicar que o rapaz é que se meteu comigo e não eu com ele e que eu não me meto com as pessoas com segundas intenções que simplesmente tenho "necessidade" de falar com os desconhecidos. Mas vá, com a Telma não dá, tem curso de psicóloga mas como psicóloga não vale muito a pena. Adiante, descemos a rua, continuando atura-la. Quando atravessávamos a estrada em frente do tropical, o jovem do "feito" toca-me nas costas. A Telma ainda com espírito de chata começa a divagar "mas tu vieste atrás dela, mas o que é que vés nela, bé bé bé bé..", tipo.... O rapaz simplesmente ignora-a metendo-se no nosso meio, de costas para ela e virado para mim. Teve ali uma conversa coco comigo, e pronto. segui caminho. A Telma decide ligar à Sara a contar-lhe tudo que se tinha passado. Uma psicóloga não é assim, uma psicóloga sabe-se conter... Bem, se a rapariga soubesse da minha vida toda morria.... 

Outro homem de lata já foi postado neste blog e podem consultar ►clicando aqui "o isqueiro vermelho"

Agora não me lembro de mais atrevimentos deste tipo mas tenho imensos passados na minha vida... buh

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