Sunday, August 24, 2008

4 anos após o 1º dia

É estranho cruzar-me com ele e não ter um sentimento a manifestar-se, afinal foram 2 anos que passamos lado a lado. Aquele sentimento de amor evaporou na totalidade, aqueles horrendos sentimentos de ódio e raiva derivados á forma como cessamos o namoro também se foram. Existe apenas sentimento nulo.
Admito e disse-lho que a primeira vez que o vi com outra miúda (1ano após a cessação) custou-me bué, senti-me pequenina, com uma ponta de ciumes de pensar que iria fazer e passar com ela tudo que passou e fez comigo, fiquei completamente desorientada. chorei, chorei muito mesmo, não tinha ninguém para me virar, pois era um assunto demasiado delicado para falar fosse com quem fosse, falar de ti era impossível.
Após lhe explicar os meus sentimentos sofridos após o ver acompanhado, ele acariciou-me com palavras, explicando que, para ele, tudo que se passou entre nós já mais será esquecido ou substituindo, por miúdos, disse-me "o que fiz contigo nunca o farei com mais ninguém". Esta conversa foi por msn, mas os sentimentos pairavam de tal forma que senti que ele chorava da mesma maneira que eu, sufocada. A conversa estendeu-se pela noite fora, foram transmitidas através das teclas sentimentos pesadamente nostálgicos.
No fundo, eu tinha perfeita noção que a cessação do namoro era irreversível, e, no entanto, ele tinha todo o direito de namorar, afinal já se tinha passado 1 ano.
Após isto nunca mais lhe disse nada, esqueci tudo, tinha mesmo de ser. Porém, ele liga-me ocasionalmente, mas por estranho que pareça, ele fá-lo em alturas que estou deprimida, e uma das primeiras palavras dele após o "olá" é "tas com uma voz triste porque?". É impressionante como quem me rodeia não se apercebe deste meu estado de "enfermo", e ele, que nem contacto físico tem comigo, apercebe-se "telepaticamente", liga-me e acaricia-me. Ficamos longos tempos a falar do nada, mas "o nada" não engloba "encontro", esta palavra parece ser proibida, e é melhor assim, nós sabemos que sim.
Um ano após o ver acompanhado, ou seja, 2 anos após a nossa cessação de namoro, vejo-o novamente com a miúda a passar no exacto local que o vira no ano anterior. é estranho mas é verídico, mas desta vez foi diferente ... foi um estranho para mim, é-me completamente indiferente.
Existem momentos maus e momentos muito bons impossíveis de se esquecer.
O importante é o presente feliz......
sem mais..
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Dr Olga Guimarães

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