Sunday, June 10, 2012

Caminhos Cruzados

Ás vezes acontecem coisas estranhas na nossa vida, ou então, sou eu que lhes dou demasiada importância. 
Ontem sai para a noite, já não o fazia à imenso tempo, mas devo admitir, bebi uns 5 a 6 cafés durante o dia para me aguentar, e lá me aguentei a noite toda. Estava-mo-nos já a preparar para nos vir embora da discoteca quando um rapaz vem ter connosco. Tocou no ombro da Dani e falou-lhe ao ouvido. Pelas feições da Dani, a afastar-se dele e a admirar-lhe o rosto, percebi que ele lhe havia perguntado alguma coisa do género "sabes quem eu sou?". E claro, não errei por muito, pelo o que a Dani me contou, ele disse-lhe que a conhecia a ela e a mim, inclusive disse os nossos nomes, e foi nesse momento que a Dani se afastou e descobriu quem ele era. Depois veio falar comigo e lá fiquei a saber quem era o rapaz. 
Quando tinha 13, 14 e 15 anos tinha uma mania incrível de apontar no diário todos os rapaz que conhecia. Chegávamos mesmo a fazer competições para ver qual era o dia em que conhecíamos mais rapazes. Este rapaz pertenceu a esse tempo, inclusive a essa lista. Lá vão 10 anos que conhecemos este rapaz natural de Vila das Aves. O mais cómico, no meio de isto tudo é que conhecemos o rapaz na mesma cidade que o voltamos a reencontrar, e que nada tem a ver com as nossas cidades natal, que foi Vizela.
Este tipo de situação, leva-me a querer que estamos constantemente a cruzar-mo-nos com pessoas que, em algum momento do passado já fizeram parte. É curioso, para mim, pensar nisto, já houve tanta gene que fez parte da minha vida e que não faço ideia onde se encontram. 

Aqui à dias aconteceu me outra situação deste género. Eu trabalho num pequeno escritório de contabilidade. No mês de Maio tivemos dois ROCs na escritório a fazer a revisão de contas das SA como já é normal todos os anos. Era um homem e uma mulher (dentro da casa dos 30). A primeira vez que olhei para a rapariga senti que a conhecia de algum lugar, mas como de costume, nunca sei de onde conheço as pessoas. O primeiro dia passou-me e pensei, "há-de ser alguém que conheço de vista do secundário", e ignorei. No segundo dia, essa rapariga, veio pedir-me alguns documentos, e à medida que ela falava eu pensava, "raios, eu conheço esta voz". Enquanto lhe tirava cópias dos documentos que me havia pedido, fiquei completamente hibernada nos pensamentos à procura do sítio, do lugar, de onde raios eu conhecia aquela rapariga. De repente, acendeu-se uma luz "Oh fuck é de Coimbra". 
Quando lhe fui entregar os documentos, estava decidida a perguntar-lhe se havia estudado em Coimbra, mas ao mesmo tempo estava  receosa de ser tudo fruto da minha imaginação. Quando entrei no pequeno compartimento, reparei que só lá estava ela, e então ganhei a coragem e perguntei-lhe:
"posso fazer uma pergunta?!"
Ela, riu-se, "Eu acho que já sei o que me vais perguntar"
"Por acaso não estudaste em Coimbra?"
"Estudei!"
"Pois, eu bem me parecia que te conhecia"
"É engraçado que já tinha falado com o meu colega de que te conhecia de algum lugar, nunca imaginei fosse que fosse de Coimbra"
Esta miúda, viveu comigo 6 meses nas residências. Na altura que entrei para as residências ela era a delegada de ALA e, por isso, apresentou-nos (a mim e a Cátia). Foi uma das únicas amizades que tracei naquelas residências, mas lembro-me que era o ultimo ano de licenciatura e por isso andava sempre atarefada de trabalhos. Para quem viveu nas residências, e que esteja a ler isto, estou a falar da Júlia.

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