Monday, January 5, 2009

conversa no consultório da "Mente"

Olga sentia-se com vontade de falar, mas haveria ainda alguém que a ouvisse com ouvidos de ouvir?
- Mente, não és propriamente o melhor conselheiro , mas na ausencia de melhor…
- considerando a tua afirmação, se considerarmos que não há melhor conselheiro que eu isso significa que eu sou o melhor conselheiro que qualquer um conselheiro.
- Não é bem assim, Mente.
- Pois, mas no entanto não há um dia que não me consultes.
-E os resultados estão a vista – contrapos-se a Olga.
- estão sabes porque? tu nunca fazes o que eu te aconselho – defendeu-se a Mente.
- tens razão Mente… - concordou Olga - hmm.. eu queria desabafar contigo.. hmm.. sobre… - ela calou-se como se acha-se que a conversa que advinha já era monotona e cansativa.
- não te apaixonas e… não, não, tu até te apaixonas mas não consegues um encontro com o apaixonado – interrompeu a Mente como se adivinha-se o motivo da consulta.
- na realidade estou triste.
- Porque não estas apaixonada ou porque não sabes se estas apaixonada?
Olga manteve-se calada avaliando a sua futura resposta.
- Eu estou apaixonada! – respondeu hesitante.
- Por uma pessoa que não vés á meses, a mesma que nunca “transaste”, a proposito, onde está aquela rapariga que diz que no amor o importante é o desempenho sexual?
Olga não respondeu.
- estás apaixonada por uma pessoa que nunca te disse “adoro-te” ou qualquer coisa do…
- Não disse mas demosntrou-o várias vezes – Interviu Olga já intigrada com o que escutava.
- Ou tu assim o quiseste ver?! – A mente consentrou-se no olhos de Olga para ter a serteza que respondia com o coração pois sabia que a Mente tinha razão.
- Não … - olga suspirou não tendo a cereteza do que estava a dizer, tentando abrir resposta aos seus sentimentos – passamos momentos unicos, bonitos e insubstituiveis.
- Passaram?! Ou passaste? – questionou-lhe a Mente fazendo silencio para deixar a pergunta pairar. – Olga, no fundo tu não estás apaixonada por ele. Pensa… imagina que tinhas a possibilidade de estar com ele… que ia acontecer?
Olga hibernou nos pensamentos e sentiu-se estar com ele naquele momento. Esbuçou um ligeiro sorriso. No momento seguinte o sorriso desvaneceu e a sua expressão tornou-se seria, já fazia muito tempo que não estava com ele, não fazia sentido estar agora.
- Não sei. Eu nunca passei com ninguem o que passei com ele. Ele foi o único que me respeitou, foi o único que me deu espaço, ele foi único.
- “foi o único, foi…” “ai eu até o amo tanto”. – retorquiu a Mente em voz trocista - Fugiste á questão mas não importa. Porque é que o deixaste?
- tu conheces a resposta! – respondeu-lhe tristemente sem olhar a Mente.
- sei. – afirmatisou furiosa – e vou relembrar-te. Nessa altura vieste falar comigo, lembraste? E que te disse eu?
- Desculpa-me Mente, não me faças sentir pior…
- Deixa-me triste pensar que nunca me das ouvidos
-desculpa.
- eu dissete deixa-te andar. Não tinhas nada a perder no fim podias ou não vir a sofrer. Não era verdade?
- já te pedi desculpas Mente. Mais que ninguém, eu sei tu tinhas razão, eu sei que até poderia ter evitado o que sucedeu a seguir, eu sei disso Mente, eu sei que errei. Como queres que me Redima?
Olga sentia-se triste e com as lagrimas a chegarem-lhe aos olhos.
- tu tinhas 2 hipoteses. 1º separavaste dele e sofrias, 2º continuavas com ele e podias ou não sofrer. Se tinhas que sofrer deixavaste estar com ele e logo vias o que sucedia.
- eu já disse varias vezes o que me fez agarrar a hipotese 1.
- a opinião de terceiros. - respondeu a Mente sem a deixar continuar. – já sei disso, e fico triste por nunca me teres dado ouvidos.
- não volta a acontecer.
- Dizes tu. – a Mente tentou voltar á conversa inicial da consulta – Consegues-te imaginar, neste momento, a fazer sexo com ele?
Olga fez um momento de pausa para não acontecer de dar uma responder precipitada.
- Não- respondeu entre dentes.
- Como? – perguntou a Mente para ter a certeza de que estava a ouvir correctamente.
- NÃO, eu não sei Mente, tu fazes-me perguntas para a qual eu não tenho resposta. Só na altura é que poderia saber isso, não é? Eu não sei Mente e sinto-me triste por isso.
- achas que ele é a outra face da laranja?
-talvez, não sei, já te disse!
- vou te explicar, tu como algumas mulheres sofres de promiscuidade, aliás tu es mesmo promiscua. Vives na ilusão de que aquele que não podes ter é melhor que qualquer um que tu tens apenas com um estalar de dedos.
- estou ofendida Mente! Eu nunca te chamei nada!
- eu não te ofendi Olga!
- ofendeste me sim, disseste que eu era pra.. pramisca.
A mente solta uma gargalhada incontrolavel
- Olga, uma pessoa promiscua, sim promiscua e não pramisca, é uma pessoa confusa, uma pessoa que não sabe bem o que quer, mais ou menos isso, e tu és isso não és?
Olga sentiu-se corar da sua estupidez e ingenuidade.
- achas que algum dia me conseguirei apaixonar a serio? – perguntou receosa da resposta que advinha.
- Isso só depende de ti – respondeu calmamente a Mente sentindo o nervosismo da sua interlecutora – Tu interiorizaste que nunca te havias de apaixonar e assim o estas a acontecer, e tudo porque achas que os homens são todos iguais e que vais sofrer seja com quem for. As coisas não são assim e tu agora estas a aperceber te disso. Nunca é tarde para refazeres o erro que cometeste, com esforço e dedicação tudo se consegue.
- e ele? Como é que eu me mentalizo que não estou apaixonada por ele?
A Mente deu um suspiro como se cansada daquele tema ou talvez desse sujeito.
- não sei Olga. Simplesmente tens de sair e curtir como sempre fizeste e eras feliz.
- E sexo?
Mais uma vez a Mente deu uma estrondosa gargalhada.
- ás vezes sinto que não tens mais nada na cabeça se não sexo! – respondeu-lhe a Mente tentando controlar o risota. – e aproposito, tu vais para a terra do Judas?
- Não Mente –suspirou – vou para a Roménia e não é a terra de Judas.
- que seja, há-de ser a terra de alguem. O que eu estava a querer-te dizer é que esse tempo que vais para a Asia ..
- A Romenia fica na Europa – corrigiu-o.
- Há-de ficar perto da Asia, esse nome soua a terroristas.
Olga suspirou como se desisti-se de explicar.
- aproveitas para esqueceres tudo para tras. Acentu-o a ideia no “tudo”. Curte a vida por lá mas sempre com juizo, ouviste –me Olga. Eu fico a rezar por ti para que não te caia uma bomba em cima.
- reza mas é para cair uma bomba, uma bomba romeno, outra checo, e .. sei lá uma bomba ucraniano até.
- ahahah … tu és doida Olga. – atirou-lhe a Mente – já tens em “mente” comer gajos?
- Oh,achas? eu vou esforçar-me para os comer, é só para ficar no curriculum, tu sabes que eu não sou assim.
- Pois, claro isso é bastante importante para o curriculum…
- estou a brincar e tu sabes bem que sim… foi só para dar um sentido ás tuas bombas.
- Quando voltares da terra dos terroristas é quase Setembro! Setembro Ele está de volta a Coimbra e…
- Pode estar como pode não estar.
- Tudo indica que esteja. Nessa altura ves se realmente ele te faz ou não falta, essa modilidade para o estrangeiro ajudar-te-á a passar melhor o tempo.
Olga permaneceu calada dando como finalizada a conversa. Repensando nos momentos que passou. Sorriu como quem quer chorar.
- Obrigada Mente por tudo, nunca mais te vou desiludir, nunca, primeiro tu e depois eu. – Olga atribuiu-lhe um sorriso afável e deixou-se ficar ali deitada no quarto onde permanecia sozinha acabando assim por adormecer.

4 comments:

Anonymous said...

Oh olga, achas mesmo que alguem vai ler este testamento??? é tao grande como a fila pa ir ver o louvre (tive a ver eurotrip ha bocado) LooooL (dani)

Anonymous said...

o que e isto pah?lol. sera na vida que tu so pensas em sexo? lol,beijo. lu

Matrakilho said...

Tadinha da minha rosinha que anda em conflictos intelectuais com a sua própria mente... =p lol não há nada como um bom psicólogo para te esclarecer as tuas dúvidas...
P.S. - ah, mas claro que tem que ser um psicólogo perito em ninfomaníacos...
Bju. Amo-te.
Matrekos

A Afrodite Ω said...

é ironico mas um ano apos escrever isto o gajo acaba comigo (sim, porque uns meses depois de escrever isto nos voltamos)